A Dieta Mediterrânica representa uma herança milenar cultural e civilizacional, com origem na bacia do Mediterrâneo, influenciada pelas conquistas de diversas civilizações, pelos seus hábitos e crenças alimentares e por uma constante migração e partilha de saberes.
Segundo a UNESCO, a Dieta Mediterrânica abrange um conjunto de competências, conhecimentos, rituais, símbolos e tradições relativos ao cultivo, colheita, pesca, criação de animais, conservação, processamento, confeção e, em especial, partilha e consumo dos alimentos.
Enquanto padrão alimentar, é caracterizada pelo consumo predominante de alimentos de origem vegetal, como hortícolas, frutas, leguminosas, cereais pouco refinados, frutos oleaginosos e o azeite. Também está associada a um baixo consumo de carne e a um moderado consumo de pescado e lacticínios.
A sazonalidade, biodiversidade, frugalidade e uso de produtos locais e tradicionais, são também elementos importantes deste padrão alimentar.
Sendo um padrão alimentar com uma oferta predominantemente de origem vegetal, de proximidade e que integra uma diversidade de produtos sazonais, apresenta um baixo impacto ambiental e é mais saudável e sustentável, social e culturalmente.
Salienta-se também que a Dieta Mediterrânica contempla também conceitos como a Convivialidade, promovendo a partilha de saberes, de sabores e de tradições.
A Dieta Mediterrânica está classificada pela UNESCO como Património Cultural e Imaterial da Humanidade e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como um padrão alimentar de excelência.