O Café de Ciência, iniciativa que acontece no âmbito do projeto MEDEAT_BB - Rede Territorial para a Alimentação Sustentável e Equilibrada, teve lugar dia 7 de junho, pelas 18H30, no Centro de Ciência Viva da Floresta, parceira deste projeto que está a ser dinamizado na região da Beira Baixa, a par da Pinhal Maior, Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, Food4Sustainability, Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar e ADRACES. Como podemos tornar o nosso consumo alimentar mais sustentável? Que impacto tem o nosso consumo alimentar para o território? Foram algumas das questões que o convidado do debate, Rui Lopes, Chef de Cozinha e Nutricionista, CEO da empresa Medronho & Canela, proprietário da marca Pão de Medronho, professor do Politécnico de Leiria e Investigador do CiTechCare – Centro de Investigação de Tecnologias da Saúde do Politécnico de Leiria, procurou dar respostas ao público participante. A gastronomia de base local é provavelmente o mais importante instrumento para reduzir a pegada ecológica do consumo alimentar, porque ela assenta nos produtos locais, nas cadeias curtas de produção e distribuição, tendo na sua base a economia familiar e pequenas empresas familiares. Esta dimensão micro, facilita a integração de fatores de maior sustentabilidade e melhor distribuição da riqueza gerada, ajudando a fixar pessoas nos territórios, garantindo mais e melhor retorno socioeconómico. Este papel de valorizar a gastronomia e os produtos locais é devido a todos nós, com o auxílio das políticas e iniciativas dos municípios, com a importante participação das associações, passando pela responsabilidade da restauração e da indústria na promoção dos produtos locais autênticos, que estimulem genuinamente a economia a partir da nossa cultura alimentar e gastronómica.

A alimentação saudável pressupõe que esta deva ser completa, variada e equilibrada, proporcionando a energia adequada e o bem-estar físico ao longo do dia. Alimentos ricos em fibra como produtos hortícolas, frutos, cereais e leguminosas, vitaminas, sais minerais e com baixo teor de gordura devem ser os “alimentos base” do quotidiano para uma alimentação saudável.

Através da leitura dos rótulos aprenda como distinguir as datas de validade e escolher melhor os alimentos e fazer compras mais informadas, conscientes e seguras, uma vez que fornece importantes informações sobre os diferentes alimentos.

Quais os legumes típicos desta altura do ano? E qual a melhor altura para comprar? Escolha o mês e saiba qual a época ideal para saborear fruta e legumes. Consumir legumes e fruta da época é a melhor forma de aproveitar todo o sabor e os benefícios desses alimentos. Outra vantagem: consegue tirar melhor partido da relação entre a qualidade e o preço. A fruta e os legumes são essenciais numa alimentação saudável. Por dia, o mínimo é de cerca de 400 gramas ou cinco doses. Conheça o calendário que indica a altura ideal para saborear cada alimento. Selecione um mês e saiba que frutas ou legumes são típicos dessa época. Conheça ainda os nutrientes, a melhor forma de escolher, conservar e saborear.

Esta iniciativa, decorreu em Tomar nos dias 17 e 18 de maio onde foram apresentados dezenas de projetos no âmbito do PNAES levados a cabo em todo o país, entre os quais o projeto MEDEAT que está a ser dinamizado na Beira Baixa. No evento foi promovida uma conferência “Alimentação Equilibrada e Sustentável”, que reuniu vários especialistas nas áreas da nutrição e saúde, educação, agricultura, ambiente e políticas públicas. No dia 18 de maio, os vários projetos dinamizaram algumas sessões de educação alimentar e foi possível experienciar e degustar os produtos endógenos representativos das várias regiões.

O Conselho da União Europeia adotou formalmente, regras atualizadas sobre a composição, a rotulagem e a denominação do mel, dos sumos de frutos, dos doces de frutos e dos leites desidratados. A atualização das Diretivas Pequeno-Almoço, assim chamadas por dizerem respeito a alguns dos produtos mais consumidos nesta refeição, visa ajudar os consumidores a fazer escolhas mais informadas, garantir uma maior transparência no que toca à origem dos produtos e reduzir a fraude alimentar.